Há inúmeras superstições em torno dos espelhos. Por exemplo: sete anos de azar para quem quebrar um deles.
Esta crendice nós devemos aos romanos. Eles acreditavam que vida se renovava em ciclos de sete anos - se você tivesse o azar de quebrar um espelho, sua alma ficaria presa entre os cacos e não seria liberada até a chegada do novo ciclo.
Mas sempre há formas de enganar uma maldição: se todos os pedaços fossem enterrados no chão ou jogados nas corredeiras de um rio, o seu azar seria superado.
No Paquistão, por outro lado, quebrar um espelho ou outro vidro em casa é um bom presságio - a tradição diz que este tipo de acidente significa que o mal está deixando a sua morada e a boa sorte está chegando.
Alguns atores de teatro acreditam que terão má sorte se deixarem outra pessoa olhar no espelho acima de seus ombros, enquanto eles se arrumam para um espetáculo.
E espelhos no palco são terminantemente proibidos para muitos profissionais: há o medo de quebrá-los, amaldiçoando os atores e o próprio teatro onde a peça é encenada; sem falar na antiga crença de que espelhos são um portal para espíritos malignos.
De um ponto de vista mais prático, espelhos não são os melhores amigos de um cenógrafo - eles refletem luzes com facilidade, o que pode comprometer o trabalho dos melhores iluminadores. Sem falar que ninguém quer um ator cego pela luz cambaleando na beirada do palco.
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