quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Como entender o que é Pop Arte


Pop Art é um movimento de arte que surgiu em meados dos anos 1950 na Grã-Bretanha e final dos anos 1950 no Estados Unidos.
Pop Art foi pioneira em Londres, em meados dos anos 1950 por Richard Hamilton e Eduardo Paolozzi (membros do Grupo Independente), e na década de 1960 por Peter Blake, Patrick Caulfield, David Hockney, Allen Jones e Peter Phillips.
As fontes comuns de Pop Art eram os anúncios, embalagens de produtos de consumo, fotos de estrelas de cinema, outras celebridades, e histórias em quadrinhos.

Pop Art – Movimento

Pop Art é um movimento artístico que floresceu nos finais dos anos 50 e 60, sobretudo nos Estados Unidos e no Reino Unido. A “paternidade” do nome é atribuída ao crítico de arte Lawrece Alloway, que fazia assim alusão à utilização, pelos artistas deste movimento, de objetos banais do quotidiano nas suas obras.
Nos Estados Unidos, Claes Oldenburg, Andy Warhol, Tom Wesselman e Roy Lichtenstein — e do outro lado do Atlântico David Hockney e Peter Blake — foram as suas figuras de proa.
Arte Pop é considerada como uma reação ao Expressionismo Abstrato, um movimento artístico, liderado entre outros por Jackson Pollock.
O Expressionismo Abstrato, que floresceu na Europa e nos Estados Unidos nos anos 50, reforçava a individualidade e expressividade do artista rejeitando os elementos figurativos.
Pelo contrário, o universo da Arte Pop nada tem de abstrato ou de expressionista, porque transpõe e interpreta a iconografia da cultura popular. A televisão, a banda desenhada, o cinema, os meios de comunicação de massas fornecem os símbolos que alimentam os artistas Pop. O sentido e os símbolos da Arte Pop pretendiam ser universais e facilmente reconhecidos por todos, numa tentativa de eliminar o fosso entre arte erudita e arte popular.
Pop Art também refletia a sociedade de consumo e de abundância na forma de representar. As garrafas de Coca-cola de Warhol, os corpos estilizados das mulheres nuas de Tom Wesselman — onde se evidencia o bronzeado pela marca do bikini — ou ainda os objetos gigantes de plástico, como o tubo de pasta de dentes de Claes Oldenburg, são exemplos da forma como estes artistas interpretavam uma sociedade dominada pelo consumismo, o conforto material e os tempos livres.
As peças dos artistas da Pop também iam buscar as suas referências à produção industrial. Veja-se, por exemplo, a repetição de um mesmo motivo nas serigrafias de Warhol ou as telas gigantes de Lichtenstein onde, ao ampliar as imagens de banda desenhada, o artista revela os pontos de cor inerentes à reprodução tipográfica.

Nos Estados Unidos e no Reino Unido, a Arte Pop teve expressões diferentes e alguns críticos consideram que a corrente americana foi mais emblemática e agressiva que a britânica. Na altura, a Pop Art foi acusada pelos críticos de ser frívola e superficial, e mal compreendida pelo público. Mas foi um marco decisivo.

Pop Art – Artistas

Com raízes no Dadaísmo de Marcel Duchamp, a Pop Art começou a tomar forma quando alguns artistas ingleses, após terem estudado os símbolos e os produtos provenientes do mundo da propaganda nos Estados Unidos na década de 50, passaram a transformá-los em tema de suas obras.
A América do Norte tinha que produzir uma arte que pudesse ser consumida em larga escala, já que a arte clássica era feita para pessoas habituadas a ler e destinava-se a um público restrito; a arte popular foi feita para atingir grandes públicos.
Pop art é a abreviação do termo inglês “popular art” (arte popular). Não significa arte feita pelo povo, mas uma expressão artística que se identifica com a sociedade de consumo. Pode ser entendida como uma crítica ao funcionamento da sociedade de consumo, na qual a satisfação provocada pelo produto a ser vendida é mais imaginária que real. Ex. não se vende a margarina, mas sim a idéia de felicidade familiar.
A intenção de pintores como Richard Hamilton, um dos pioneiros do novo estilo, era trazer para a arte imagens da propaganda, do cinema e da televisão, visto que, estes meios começaram a forjar um novo mundo depois da Segunda Guerra Mundial (1937-1945) alterando a vida cotidiana das cidades e a imagem das cidades.
Foi nos Estados Unidos que a pop arte encontrou seus melhores expoentes como Andy Warhol (que expôs na 23a. Bienal Internacional de S. Paulo em 1996) trabalhando com imagens que até o início dos anos 60 não eram consideradas dignas de entrarem no universo da arte.
Até hoje a pop arte provoca discussões, pois parte dos críticos considera que é apenas uma variante da publicidade-alienante e supérflua, outros veêm na pop art uma crítica ao consumismo desenfreado e ao vazio das imagens produzidas pela propaganda. Porém, ao mesmo tempo que critica, a pop art se apoia e necessita dos objetivos de consumo nos quais se inspira e muitas vezes no próprio aumento deste consumo.
Utiliza objetos e assuntos comuns como latas, sanduíches, tiras de história em quadrinhos, anúncios, embalagens, cenas de TV como fontes de inspiração empregando ilustrações cotidianas e não necessariamente artísticas.O que interessa são as imagens, o ambiente, a vida que a tecnologia industrial criou nos grandes centros urbanos.
                                                           Andy Warhol (1927-1987)
Foi figura mais conhecida e mais controvertida da pop art. Warhol mostrou sua concepção da produção mecânica da imagem em substituição ao trabalho manual numa serie de retratos, veículos da música popular e do cinema como Elvis Presley e Marilyn Monroe.
Entendia que as personalidades públicas como figuras impessoais e vazias, apesar da ascensão social e da celebridade. Da mesma forma, usando para consumo, como garrafas de coca-cola, as latas de sopa Campbell, automóveis, crucifixos e dinheiro.

Pop Art – Brasil

Tendência das artes plásticas que surge em meados da década de 50, no Reino Unido, vinculada a intelectuais do Instituto de Arte Contemporânea de Londres. Influenciada, de início, por artistas ligados ao Dadá e ao Surrealismo, a Pop-art ganha força nos anos 60 nos Estados Unidos (EUA), com repercussão internacional.
Explora elementos da cultura de massa e da sociedade de consumo. Robert Rauschenberg (1925), um dos precursores da Pop-art nos EUA, inclui, por exemplo, uma placa de carro em sua obra Mercado Negro (1961).
A linguagem da publicidade e da televisão, os quadrinhos, as embalagens industrializadas, a fotografia, os ídolos populares, os produtos descartáveis e o fast food são a base das criações. Colagens e repetição de imagens em série são características das obras.
Em reação ao subjetivismo da abstração, a Pop-art é uma arte engajada, que pretende fazer um comentário irônico e cínico do mundo capitalista e de seu modo de produção. Ao levar para o universo artístico materiais que fazem parte do cotidiano nas grandes cidades, deseja romper as barreiras entre a arte e o dia-a-dia.
Embora, literalmente, pop art signifique arte popular, não há aí referência à produção criativa do povo, mas sim à produção para a massa, o que confere à obra um caráter de produto de consumo.
São marcos famosos da Pop-art os trabalhos de Andy Warhol em serigrafia sobre tela de embalagens de sopa em lata Campbells (1965) e de garrafas de Cola-Cola (1962). Em 1967, ele se apropria da imagem da atriz norte-americana Marilyn Monroe e a reproduz em seqüência, sobre a qual aplica várias combinações de cores. Ao retratar Marilyn com a mesma lógica com que retrata a lata de sopa, Warhol quer mostrar que, em uma sociedade de massa, o mito é tão descartável quanto uma lata.
Um artista que, assim como Warhol, explora o mundo do fast food é o sueco que vive nos EUA Claes Oldenburg (1929-). Em 1962, ele cria a escultura Hamburger. De plástico colorido, mostra um hambúrguer, um sorvete e um doce, em uma referência à padronização da alimentação e a sua equiparação a qualquer outro produto industrializado. Outros artistas de destaque são Jasper Johns (1930-), que faz a tela Três Bandeiras (1958), e Roy Lichtenstein (1923-), autor de Moça Afogada (1963). No Reino Unido destaca-se Richard Hamilton (1922-), que produz a colagem Interior (1956-).
Um dos desdobramentos da Pop-art nos EUA é o hiper-realismo, que se propõe a reproduzir em pinturas e esculturas cenas do cotidiano com a maior fidelidade possível. As obras, em geral em cores vibrantes e tamanhos enormes, exibem automóveis, paisagens urbanas e anúncios publicitários.
No Brasil, alguns elementos da Pop-art norte-americana influenciam trabalhos de Rubens Gerchman, como a serigrafia Lindonéia, a Gioconda do Subúrbio, e Claudio Tozzi (1944-), em O Bandido da Luz Vermelha.
Distantes da preocupação com a realidade brasileira, mas muito identificados com a arte moderna e inspirados pelo Dadá, estão os pintores Ismael Nery e Flávio de Carvalho (1899-1973). Na pintura merecem destaque ainda Regina Graz (1897-1973), John Graz (1891-1980), Cícero Dias (1908-) e Vicente do Rego Monteiro (1899-1970).
Di Cavalcanti retrata a população brasileira, sobretudo as classes sociais menos favorecidas. Mescla elementos realistas, cubistas e futuristas, como em Cinco Moças de Guaratinguetá. Outro artista modernista dedicado a representar o homem do povo é Candido Portinari, que recebe influência do Expressionismo. Entre seus trabalhos importantes estão as telas Café e Os Retirantes.
Os autores mais importantes são Oswald de Andrade e Mário de Andrade, os principais teóricos do movimento. Destacam-se ainda Menotti del Picchia e Graça Aranha (1868-1931). Oswald de Andrade várias vezes mescla poesia e prosa, como em Serafim Ponte Grande.
Outra de suas grandes obras é Pau-Brasil. O primeiro trabalho modernista de Mário de Andrade é o livro de poemas Paulicéia Desvairada. Sua obra-prima é o romance Macunaíma, que usa fragmentos de mitos de diferentes culturas para compor uma imagem de unidade nacional.
Embora muito ligada ao simbolismo, a poesia de Manuel Bandeira também exibe traços modernistas, como em Libertinagem.
Heitor Villa-Lobos é o principal compositor no Brasil e consolida a linguagem musical nacionalista. Para dar às criações um caráter brasileiro, busca inspiração no folclore e incorpora elementos das melodias populares e indígenas.
O canto de pássaros brasileiros aparece em Bachianas Nº 4 e Nº 7. Em O Trenzinho Caipira, Villa-Lobos reproduz a sonoridade de uma maria-fumaça e, em Choros Nº 8, busca imitar o som de pessoas numa rua. Nos anos 30 e 40, sua estética serve de modelo para compositores como Francisco Mignone (1897-1986), Lorenzo Fernandez (1897-1948), Radamés Gnattali (1906-1988) e Camargo Guarnieri (1907-1993).
Ainda na década de 20 são fundadas as primeiras companhias de teatro no país, em torno de atores como Leopoldo Fróes (1882-1932), Procópio Ferreira (1898-1979), Dulcina de Moraes (1908-1996) e Jaime Costa (1897-1967). Defendem uma dicção brasileira para os atores, até então submetidos ao sotaque e à forma de falar de Portugal. Também inovam ao incluir textos estrangeiros com maior ousadia psicológica e visão mais complexa do ser humano.

Pop Art – Cultura

Pop Art ou Arte Pop surgiu nas cidades de Londres e Nova York como a expressão de um grupo de artistas que procuravam valorizar a cultura popular.
Para isso, serviram-se tanto dos recursos da publicidade quanto dos demais meios de comunicação de massa. Histórias em quadrinhos, cartazes publicitários, elementos de consumo diário e a nova iconografia, representada por astros do cinema, da televisão e do rock, passaram a integrar a temática central dessa nova corrente, não sem uma certa ironia crítica.
As atividades desses grupos começaram em Londres, por volta de 1961, sob a forma de conferências, nas quais tanto artistas quanto críticos de cinema, escritores e sociólogos discutiam o efeito dos novos produtos da cultura popular originados pelos meios de comunicação de massa, especialmente a televisão e o cinema. Da Inglaterra o movimento se transferiu para os Estados Unidos, onde finalmente se consolidaram seus princípios estéticos como nova corrente artística.
Talvez seja preciso explicar que nos Estados Unidos, além das ações dos grupos londrinenses, os artistas da camada pop tiveram como referência, desde 1950, os chamados happenings e environments. Esses eventos eram uma espécie de instalação em que se fazia uso de todas as disciplinas artísticas para criar espaços lúdicos de duração efêmera, que, como afirmava seu criador, John Cage, mais do que obras de arte eram ações que se manifestavam como parte da própria vida.
Não obstante, a arte pop americana se manifestou como uma estética renovadamente figurativa, e suas obras, ao contrário daquelas instalações, tiveram um caráter perdurável. É o caso da obra pictórica de Andy Warhol ou das pinturas no estilo de história em quadrinhos de Lichtenstein, sem esquecer certas instalações de Beuys que hoje estão presentes nos museus mais importantes de arte contemporânea e valem tanto quanto os quadros dos grandes mestres do século passado.
Pintura
Desde o início os pintores pop manifestaram interesse em deixar de lado as abstrações e continuar no figurativismo popular de Hopper, para tornar mais palpável essa segunda realidade que os meios de comunicação tentavam transmitir e vender.
Os quadros de personagens famosos de Warhol, deformados pelo acréscimo de suas próprias variações cromáticas, não são mais do que a reinterpretação da nova iconografia social representada por estrelas de cinema e astros do rock.
A frieza de expressão das colagens de anúncios publicitários de Rosenquist e os quadros eróticos de Wesselman, próximos dos quadros Schwitters fazem uma imitação burlesca da nova cultura gráfica publicitária. Paradoxalmente, as obras desses artistas em nenhum momento foram entendidas num plano que não fosse meramente estético e, criticados por realizar uma arte eminentemente comercial, o fato é que tiveram êxito e se valorizaram no mercado mundial devido ao impacto subliminar de sua obra.
Quanto ao pop britânico, os artistas realizaram exposições nas quais seus quadros, que eram verdadeiros mostruários do cotidiano inglês, refletiam uma certa nostalgia das tradições e, num sentido mais crítico e irônico, quase em tom de humor, faziam uma imitação dos hábitos consumistas da sociedade na forma de verdadeiros horror vacuii (horror ao vazio) de objetos e aparelhos. As colagens do pintor Hamilton eram uma reprodução grotesca da arte publicitária dos tempos modernos.
Escultura
Na primeira fase da arte pop, a escultura não era muito frequente e se manifestou mais dentro dos parâmetros introduzidos pelo dadaísmo: objetos fora do contexto, organizados em colagens insólitas. Mais tarde alguns artistas interessaram-se em acentuar seus efeitos, como foi o caso de Oldenburg, com suas representações de alimentos em gesso e seus monumentais objetos de uso cotidiano, ou suas controvertidas e engenhosas esculturas moles.
Não faltaram também as instalações de Beuys do tipo happening, em cujas instalações quase absurdas se podia reconhecer uma crítica aos academicismos modernos, ou as esculturas figurativas do tipo environment, de Segal, da mesma natureza. Outro artista pop que se dedicou a esta disciplina foi Lichtenstein, mas suas obras se mantiveram dentro de um contexto abstracionista-realista, em muitos casos mais perto das obras de seus colegas britânicos.
Cinema e Fotografia
As origens do cinema pop podem ser encontradas no cinema pop independente, que surgiu na década de 50 como resposta à estética e aos métodos de filmagem hollywoodianos. Estas vanguardas no campo do cinema romperam com o sistema estabelecido de criação, produção e publicidade de Hollywood, tentando revalorizar os artistas num mercado em que produtores tinham primazia sobre os diretores, mesmo quando só entendiam de finanças.
Underground é a palavra chave para se entender o cinema pop, não em sua tradução literal de subterrâneo ou escondido, mas como totalmente crítico e anticonvencional, qualidades que o definem.
As características deste novo cinema eram a ausência total de referência à filmografia clássica, numa tentativa de redefini-lo como uma arte independente da televisão e do teatro. Esse é o caso dos filmes de câmera fixa de Andy Warhol, de mais de oito horas de duração e sem fio narrativo.
Agrupados e patrocinados pela Filmmakers Association, cineastas como os irmãos Mekas, Ron Rice ou Kean Jacobs conseguiram filmar independentemente das leis de distribuição e censura.Quanto à fotografia, ela foi muito utilizada pelos artistas pop porque era o único método que permitia a reprodução de eventos artísticos como happenings e environments. A exposição das fotos era considerada um evento artístico.

Pop Art – O que é

Pop Art é o nome que se deu à tendência artística que usa objetos e assuntos comuns como latas, sanduíches, tiras de história em quadrinhos, anúncios, embalagens, cenas de TV, como fontes de inspiração e que foram fisicamente incorporados ao trabalho.
Utilizando imagens da sociedade de consumo e na cultura popular, empregando ilustrações cotidianas e não artísticas necessariamente, os artistas da Pop Art transgridem o sentido do fazer arte de maneira manual.
Eles se utilizam de novos materiais, misturando fotografia, pintura, colagem, escultura, assemblage ( colagem em 3 dimensões ).
Colagens e repetições de imagens em série são características das obras e os temas são os símbolos e os produtos industriais dirigidos às massas urbanas: tampinhas de garrafa, pregos, automóveis, enlatados, os ídolos de cinema e da música, produtos descartáveis, fast food.
O que interessa são as imagens, o ambiente, a vida que a tecnologia industrial criou nos grandes centros urbanos.
Pop Art é uma abreviação do termo inglês “popular art “( arte popular ). Não significa arte feita pelo povo, mas produzida para o consumo de massa.
Esta arte nasceu na Inglaterra no início dos anos 50 , não nos Estados Unidos como se imagina.
Posteriormente Andy Warhol foi um dos maiores representantes nos Estados Unidos.
Pop Art
O que é que faz que nossos lares sejam hoje tão diferentes,
tão encantadores? Kunsthalle Tubingen
No Brasil em 1967, na Bienal, os pop artistas dominaram a representação dos EUA. Não se tornou popular e nem chegou a atingir a massa urbana, ficando restrita a colecionadores, frequentadores, galerias e museus na época.
A obra de Andy Warhol esteve no Brasil na 23ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1996.
Fonte: dossiers.publico.clix.pt/Enciclopedia Multimedia del Arte Universal/

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