Abstracionismo é uma representação não tendo nenhuma referência a objetos concretos ou exemplos específicos
Expressionismo Abstrato
Emergente na década de 1940 em Nova York e florescente nos anos cinquenta, o Expressionismo Abstrato foi considerada por muitos como a idade de ouro da arte americana.
O movimento foi marcado por seu uso de pinceladas e textura, o acolhimento do acaso e das telas freqüentemente enormes, todos empregados para transmitir emoções fortes através da glorificação do próprio ato de pintar.
Abstracionismo – Período
A arte abstrata é a exclusão de todos os tipos de formas – estruturas que são supostamente para definir objetos, perspectivas e escalas.
Pintores e outros artistas deste período rejeitaram os nomes das formas específicas, aprovadas por anos. Eles substituíram linhas com o local e vertical com o nível.
O Abstracionismo nasceu como resultado de alguns campos já conhecidos da arte: cubismo, futurismo, o expressionismo e as tendências muito semelhantes entre si. Os maiores representantes da abstração começaramm como os criadores dessas três direções.
A pintura abstracionismo nasceu na Rússia no início do século XX. Precursor da abstração na pintura era Wassily Kandinsky.
Abstracionismo – Artes Plásticas
O Abstracionismo foi um movimento das artes plásticas que surgiu no início do século XX, na Alemanha, rompendo com a tradição das escolas renascentistas e abandonando a representação da realidade. Não se importavam com figuras ou temas, mas exaltavam as cores e formas.
O Abstracionismo identifica-se com duas linhas de criação: a abstração informal e a abstração geométrica.
Abstração informal: Segue a criação de formas mais livres e expressa sentimentos, emoções. O artista cria as formas no momento de pintar, livremente, e as linhas e cores expressam suas emoções. Daí se vê manchas e grafismos nestas obras de arte. O pioneiro nesta expressão artística foi o russo Vassili Kandínski (1866-1944).Devemos citar que a abstração informal gerou outras tendências artísticas tais como: o expressionismo abstrato, nos EUA, e a abstração gestual, na Europa e América Latina.Abstração geométrica: Segue uma técnica mais dura, sem expressão de sentimentos ou idéias. O artista simplesmente explora as formas geométricas, abandonando a transmissão de pensamentos e sentimentos. Já na abstração geométrica, os méritos do pioneirismo devem ser divididos entre o russo Malevitch (1878-1935) e o holandês Piet Mondrian (1872-1944).
É importante ressaltar que o trabalho do russo Malevitch gerou um movimento derivado da abstração, chamado de suprematismo (autonomia da forma). O destaque fica para a tela Quadrado Negro sobre Fundo Branco.
Quanto ao artista holandês Mondrian, este dedicou-se às telas apenas com linhas horizontais e verticais, ângulos retos e as cores amarela, azul e vermelha, além do preto e do branco. O trabalho de Mondrian influenciou diretamente a arte funcional desenvolvida pela Bauhaus. Da abstração geométrica derivaram o construtivismo, o concretismo e, mais recentemente, o minimalismo.
ESCULTURAS
Os escultores abstratos usam a natureza não como tema, mas como fonte de idéias. A natureza serve como ponto de partida para sua criatividade; o resultado final na maioria das vezes não tem semelhança alguma com o original. O que importa para sua obra são as formas e cores, trabalham o volume e a textura.
Artistas abstratos usam concepções matemáticas em suas esculturas, como é o caso de Helaman Ferguson, que descobriu um ponto comum entre a matemática e a arte.
Abstracionismo – Movimento
Movimento abstracionista passou a predominar na época contemporânea a partir do momento em que o artista não se refere mais aos objetos concretos, como retratos, marinhas, flores, relações históricas, literárias ou mitológicas.
Isso aconteceu principalmente porque com a invenção da máquina fotográfica a arte se voltou para a expressão do interior. Os artistas não se preocupavam mais com a representação do assunto, pois o valor está na relação das formas e das cores.
A arte abstrata trabalha com jogos de luz e sombra, ritmo, cor, harmonia, equilíbrio, linha, ponto e formas geométricas. Os estudiosos em arte comumente consideram o pintor russo Wassily Kandinsky (1866-1944) o iniciador da pintura abstrata.
O abstracionismo ao se tornar um movimento mais diversificado se firmou em duas tendências:
O abstracionismo informal
Predomínio dos sentimentos e das emoções.
As formas e as cores são criadas mais livremente sugerindo associações com os elementos da natureza
O abstracionismo geométrico: as formas e as cores se compõem de forma a ser apenas a expressão de uma concepção geométrica.
Abstracionismo Geométrico
Nas duas tendências fundamentais, o abstracionismo apresenta subtendências. No informal, as mais importantes são o tachismo e o grafismo; no geométrico o neoplasticismo ou concretismo.
Na pintura destacam-se: Francis Picabia, Paul Klee, Piet Mondrian, Malevick e Marcel Duchamp. No Brasil, o abstracionismo instalou-se por volta de 1947 com os pintores Antonio Bandeira e Milton Dacosta.
Abstracionismo Informal
As formas e cores são criadas impulsivamente, no livre curso da emoção, com absoluto predomínio do sentimento. Em contato com o real ou com a natureza, o pintor informal abstrato expressa uma emoção em lugar de representar uma imagem criada ou composta intelectualmente.
Muitos abstratos, aliás, pintam abstratamente diante da natureza. Apenas evitam imitar, copiar, descrever aspectos da natureza. Procuram, ao contrário, sugerir, evocar, aludir, fixando impressões gerais ou particulares de ritmos da natureza.
Para alguns autores, o abstracionismo informal seria uma revolta do espírito contra a precisão mecânica da vida moderna, contra o culto do racionalismo e da exatidão da civilização industrial. Seria uma espécie de romantismo moderno.
Alguns abstratos puros entendem que, embora não partindo ou não se inspirando na natureza, o artista pode encontrá-la, quando expressa e comunica ritmos de vitalidade. Em defesa do abstracionismo informal também se alega que o quadro figurativo reproduz o mundo exterior; o quadro abstrato, o mundo interior do artista – as linhas e cores adquirem virtudes poéticas, verdadeiramente musicais, porque não representam as qualidades materiais da realidade física, mas as realidades do mundo psíquico do artista.
Quando assume feições luminosas, obtidas por meio de tonalidades delicadas e feéricas, o abstracionismo informal chama-se “abstracionismo lírico”; quando, porém, o sentimento se exaspera e dramatiza, através de tonalidades carregadas, intensas e violentas, chama-se “abstracionismo expressionista”.
Os melhores exemplos de abstracionismo informal se encontram em grande parte das obras do próprio Kandinsky, que mais tarde teria uma fase geométrica.
O movimento abstracionista passou a predominar na época contemporânea a partir do momento em que o artista não se refere mais aos objetos concretos, como retratos, marinhas, flores, relações históricas, literárias ou mitológicas.
Isso aconteceu principalmente porque com a invenção da máquina fotográfica a arte se voltou para a expressão do interior. Os artistas não se preocupavam mais com a representação do assunto, pois o valor está na relação das formas e das cores.
A arte abstrata trabalha com jogos de luz e sombra, ritmo, cor, harmonia, equilíbrio, linha, ponto e formas geométricas. Os estudiosos em arte comumente consideram o pintor russo Wassily Kandinsky (1866-1944) o iniciador da pintura abstrata.
Abstracionismo – História
Diferentemente da história da abstração geométrica, a da abstração informal ou lírica no Brasil é bem mais simples e não se fundou em grupos organizados nem em embates teóricos.
A grande influência sobre seu desenvolvimento foi mesmo a Bienal de São Paulo que, desde sua criação, em 1951, e em especial ao longo da década de 60, mostrou as obras dos pintores tachistas, informalistas e gestuais cujas carreiras iam chegando internacionalmente ao apogeu. Mas mesmo antes da Bienal houve, a rigor, dois pioneiros, Cícero Dias e Antônio Bandeira, que no final da década de 40 viviam na Europa e vinham ao Brasil.
Dentro do rótulo abstração informal entra também o expressionismo abstrato, que designa uma arte mais vigorosa, gestual e dramática, cujo ponto máximo é a action painting do norte-americano Jackson Pollock (1912-1956).
No Brasil, nunca se chegou a tal extremo. O mais gestual e dramático de nossos abstracionistas foi o pintor Iberê Camargo. De resto, o gesto – em especial um gesto elegante, com nítido caráter caligráfico – aparece na pintura dos artistas chamados nipo-brasileiros, porque nasceram no Japão, emigraram para o Brasil, mas trouxeram da terra natal uma tradição de arte abstrata, que aqui desenvolveram.
O primeiro dos nipo-brasileiros a se impor, no final da década de 50, foi Manabu Mabe (1924-1997), um ex-lavrador que emigrara aos dez anos.
A pintura de Mabe é grandiloqüente e ornamental, e ele é o mais conhecido dos nipo-brasileiros no exterior. Além de Mabe, se destacaram Tikashi Fukushima (1920), Kazuo Wakabaiashy (1931), Tomie Ohtake (1913) e Flávio Shiró (1928).
Os dois últimos são casos especiais. Tomie nunca chegou a ser exatamente uma pintora informal, embora não usasse, no início, formas geométricas; adotou-as, entretanto, dos anos 70 em diante. Já Flávio Shiró fez uma síntese muito original e altamente dramática entre abstração gestual e figuração, e há fases em que uma ou outra predominam.
Outros pintores abstratos informais de importância e qualidade que devem ser citados: Henrique Boese (1897-1982), nascido na Alemanha; Yolanda Mohályi (1909-1978), nascida na Hungria; Mira Schendel (1918-1989), nascida na Suíça; Wega Nery (1912); Loio Pérsio (1927); Maria Leontina (1917-1984) e Ana Bella Geiger (1933), todos nascidos no Brasil.
Muito importante, dentro do abstracionismo lírico no Brasil, foi também o papel da gravura, que se tornou mais que uma técnica de multiplicação de imagens e conseguiu o status de linguagem. Mestres da gravura abstrata lírica se tornaram Fayga Ostrower (1920), Artur Luís Piza (1928), Rossini Perez (1932), Anna Bella Geiger (1933) – antes de passar à pintura – e Maria Bonomi (1935).
Vários dos artistas citados continuam em franca atividade. Por outro lado, artistas muito jovens realizam hoje uma pintura que oscila entre uma figuração apenas sugerida, e a abstração informal, pelo vigor e quantidade da matéria pictórica, pela presença marcante do gesto e pelo ímpeto expressivo.
Abstracionismo – Abstração
Em geral entende-se como abstração toda a atitude mental que se afasta ou prescinde do mundo objetivo e seus múltiplos aspectos. Refere-se, por extensão, no que tange à obra de arte e ao processo de criação, suas motivações e origens , a toda a forma de expressão que se afasta da imagem figurativa.
Max Perlingeiro, in “Abstração como linguagem: perfil de um acervo” Editora Pinakotheke. SP
No contexto da Arte moderna, o sucesso da chamada arte abstrata foi tão grande que a conceituação a respeito passou a ser feita muitas vezes apressadamente, sem a devida atenção ao significado legítimo de “abstração”. Esse conceito se refere à operação de abstrair, que significa, em princípio, retirar, separar ou eliminar certas características ou certos elementos de um todo originalmente integrado. Por meio da operação abstrativa é possível efetuar-se a seleção de determinados aspectos semelhantes – a fim de que a atenção possa melhor concentrar-se neles.
Obra figurativa: Nome: Mulher com jarra de água Autor : Johannes Vermeer Data: 1660
Acervo Marquand Colletion of The Metropolitan Museum of Art – N.Y.
Usando um simbolismo meio simplista, mas de efeito claro e para fins didáticos, podemos comparar a obra figurativa com uma canção com versos. Ao ouvirmos a interpretação do cantor, percebemos com facilidade o que o compositor nos deseja contar. A obra abstrata, por sua vez, pode ser comparada a uma melodia sem versos. E cabe ao ouvinte deixar-se levar pela música e sentir, quase sem nenhuma indicação explícita, a proposta do compositor.
Mas, para entender a arte abstrata em sua complexidade, recomenda-se ampliação do repertório de conhecimentos sobre Arte, visitando exposições, lendo, vendo e, principalmente, visitando a História.
A pintura dentro do fazer artístico, até meados do século XVIII, seguia normas rígidas nas soluções e preocupações dos artistas com a figura.
Tanto assim que as academias ensinavam que havia quatro temas a serem desenvolvidos na pintura: natureza morta, retrato, paisagem e marinha, e um tema denominado alegoria, ou pintura alegórica.
Na natureza morta, os objetos ou figuras apresentam-se em um ambiente interno afastado da natureza. São representados seres vivos, mas que se sabe inanimados (daí o termo natureza morta, traduzido do francês, e que recebeu em inglês a denominação de still life). Flores e frutos, mesmo que frescas e viçosas, aparecem nas telas repousadas sobre superfícies ou colocadas com esmero em jarros ou vasos de materiais diversos.
Obra figurativa: Nome Flores e doces Autor: Pedro Alexandrino Data: 1900 Acervo: Pinacoteca do Estado de SP
Animais de caça e pesca à espera do cozinheiro. Pães, facas e cestos surgem sobre um planejamento calculadamente despojado.
O retrato, quase sempre, colocava o personagem em posturas estudadas, com luzes e sombras perfeitamente controladas e, dependendo da maior ou menor habilidade e sensibilidade do artistaretratista, a personalidade do retratado poderia emergir nas feições e na postura do modelo.
As paisagens são, talvez, as obras figurativas mais apreciadas antes do surgimento das regras acadêmicas e depois da decadência delas. A paisagem situa as pessoas em locais diversos do seu cotidiano, e a nostalgia transmitida pelo estar- não-estar sempre encanta.
O mesmo pode-se dizer das marinhas: rios ou mares revoltos; plácidas areias de uma praia tranqüila; azuis celúreos ou névoas espessas; o brilho e a escuridão das águas profundas.
A pintura alegórica está ligada ao conhecimento, aos signos, e conta, por meio de símbolos, as passagens, momentos ou políticas ligadas mais diretamente ao tempo e ao espaço onde se desenvolve. Provoca sentimentos e sensações, mas exige erudição.
Obra abstrata Título Estaleiro Velrôme Autor: Lucio Pegoraro Data: 1986 Acervo do autor
Portanto, todas essas sensações estão bem claras nas obras figurativas clássicas.
E a pergunta que surge é: Como e por que os artistas abandonaram essas propostas estéticas tão apreciadas, já introjetadas no inconsciente e aceitas de imediato ao primeiro olhar?
A Arte não é estática. O artista é um ser ligado ao passado e ao futuro, um criador, traz em si o espírito do cientista e a perspicácia do pesquisador. Seus interesses estão nos desafios, nas inquietações e no mergulho sem fim no cosmos, no imponderável, no infinito. Interessa-lhe as rupturas e os questionamentos. E, se assim não for, não será um artista. Acomodar-se não é parte do seu ser e, se gosta, luta pela aceitação. Também luta e gosta de sua própria individualidade.
Paradoxos à parte, é isso que move a arte e que a eleva e transforma.
Entendendo o motor contínuo da História e inserido irremediavelmente nele, o artista é impelido sempre a criar. Daí surgem as correntes, as estéticas, as poéticas, os movimentos estéticos. Note-se que não estamos falando de um setor da sociedade que busca o novo pelo novo, o gosto pela novidade apenas para consumila e descartá-la. Pelo contrário, o artista digno dessa classificação – desse nome tão massificado e desgastado – não faz concessões aos desejos do consumidor de arte, não produz aquilo em que não acredita.
Devido a isso temos obras que são marcos importantes na história da arte e outras tantas que foram criadas como cópias mal acabadas e depois descartadas. O grande momento da pintura figurativa ocorreu, seguramente, entre os séculos XVII e XVIII. A perfeição alcançada pelos acadêmicos é tal que ainda encanta os olhos. Mas e o espírito? As emoções?
Não por acaso, as preocupações com os sentimentos e as sensações surgem no final do século XIX.
A busca de conhecimentos mais profundos sobre a psique humana; o comportamento mais livre das imposições sócio-políticas; a valorização do interior, do cerne, daquilo que não está visível, aparente e reconhecido de imediato: isso tudo é relatado pelas novas formas de arte que surgem com o modernismo.
Abstrai-se, retira-se o relato que a figura traz e incitase o intelecto e a emoção de buscar novas relações de espaço, tempo, cor, forma.
Obra abstrata G. A.4 Autor :Gerard Richter Data : 1984 Acervo: Museu de Arte Moderna – Nova York
Dizer que a pintura foi modificada em razão do surgimento da fotografia é simplismo.
Os pintores de ofício perderam seus clientes não em razão da fotografia, mas por não terem muito mais a dizer em seus retratos posados, estudados, em fórmulas repetidas.
Os impressionistas saíram dos ateliês, procuraram a luz natural, criaram um novo modo de pintar, romperam com a academia e, em suas buscas incessantes, mudaram a pintura. Buscavam colocar a figura, a paisagem, o mundo em uma nova organização ditada pelas impressões que estas lhe causavam. Os impressionistas valorizavam os sentimentos dos protagonistas, sejam pessoas, árvores, janelas ou qualquer outra figura
Vicente Van Gogh, Paul Klee, Paul Gauguin, Arp, Munck, Picasso, Braque, Miro e tantos outros.
Quando René Magritte, em 1927, nos diz literalmente em sua obra “isto não é um cachimbo” mas a representação de um cachimbo, coloca a questão da mistificação do figurativo, da representação da realidade, da polissemia da obra de arte, ao lado de outras questões propostas por Kandinski, Chagall, entre outros.
O valor da arte influenciada ou ditada pelas práticas acadêmicas é inegável, mas o movimento de ruptura, denominado Moderno, transformou esse vocábulo em sinônimo de algo inadequado e cheio de bolor. Como o modernismo se impôs de forma total e eficiente, por mais de 100 anos, no momento contemporâneo – pós-moderno – o academismo é visto como o produto de uma época, de um determinado momento e… ponto.
A Arte abstrata descarta a figura conhecida e recoloca o mundo visível na informalidade das formas, cores, linhas, texturas, planos e volumes. O gesto traduz a intenção e sua liberdade libera também a expressão interior transformadora.
As polêmicas que as correntes abstracionistas provocaram já estão aplacadas e descoradas.
A chamada arteabstrata não mais traz choques ou indignação, mas apenas aquilo a que se propõe: reflexão. Neusa Schilaro Scaléa
Fonte: www.mre.gov.br/www.edukbr.com.br
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