–– General o que é aquilo?
–– É um ataque contra uma
aldeia de camponeses!
–– Não temos nada a ver com
esse ataque! Vamos em frente!
–– Temos tudo a ver contra
toda e qualquer injustiça! Vamos defender esse povo humilde! Atacar! – ordena o
General.
–– Mas eles podem ser
soldados do rei Gabriel!
–– Isso não importa! E não
me questione mais!
–– Sim, senhor!
–– É um número pequeno!
Talvez trinta ou quarenta soldados! Arqueiros à frente! Avante! Espadas,
comigo! Vamos!
O General Osório lidera essa
batalha e mostra sua garra e coragem em lutar e defender os camponeses. Os
soldados sem bandeiras específicas são alvejados, trespassados por lanças e
atingidos por espadas, mas, eles não sangram. E para surpresa do exército do
reino de Astride, as criaturas ao serem atingidas, derretem-se como se fossem
feitos de lama, areia e pedras.
–– Capturem o líder! – ordena
o General.
O exército fecha o cerco,
vence a batalha e coloca o líder sob custódia, com uma lâmina na garganta e,
antes que o General desmonte para interroga-lo, uma flecha corta o espaço e
atinge o peito do refém, tirando-lhe a vida.
–– O que você fez? Matou o
homem que poderia nos dar respostas sobre essas criaturas – repreende o General
sobre a ação do chefe da aldeia.
–– Ele matou minha filha
caçula e feriu meu povo! O que o senhor esperava que eu fizesse?
–– Eu precisava dele com
vida. Agora é tarde! De onde eles vieram e porque atacaram vocês?
–– Somos praticamente
indefesos! Essa não é a primeira vez que eles atentam contra nossas vidas.
–– Então está na hora de
partirem daqui e recomeçar a vida em outro lugar.
–– Não temos para onde ir.
Tudo que temos está aqui. Nossos ancestrais foram enterrados nessas terras.
–– Bem, é melhor deixar esse
sentimento de lado se quiserem escapar com vida. Eles voltarão em maior número.
O que eles querem?
–– Querem sobre tudo, que
desistamos da nossa fé e adore um deus maligno que eles cultuam!
–– Que deus é esse?
–– Ainda não sabemos ao
certo!
–– E em que ou quem vocês
acreditam?
–– Acreditamos em nosso
Senhor Jesus Cristo!
–– Então, sejam bem vindos
ao reino de Astride. O rei Manoel acolhe a todos que acreditam em Deus!
–– E o que devemos fazer?
–– Sigam para o reino de
Astride. Quando eu voltar, falarei com o rei e ele com certeza, doará terras
para o cultivo e construção de uma nova aldeia.
–– Então, como prova da
minha gratidão alimentarei seus homens com porcos e cabritos. Isso também
aliviará a nossa carga nessa partida!
–– Ficaremos gratos por isso
senhor...
–– Malaquias! Meu nome é
Malaquias!
–– Muito bem! Soldados!
Descansar! Fiquem alerta. E ajudem a assar a carne! – diz o General, ordenando
seus homens - partiremos assim que terminarmos.
–– General, enquanto o senhor
e os soldados comem, ajudarei a cuidar dos feridos e depois cavarei a cova para
enterrar minha filha.
–– Sim! Sim! É claro! Fique
à vontade senhor Malaquias. Ah, mandarei um dos meus para falar em meu nome
sobre vocês!
–– General! Não sou um homem
que sente medo! O senhor sabe disso. Mas por Deus, o que são essas criaturas? –
confessa o Capitão.
–– Eu não sei. Temos que
descobrir de que inferno elas saíram. Tenho certeza de uma coisa. São
destrutíveis!
–– Sim, são! Assim também
como são mortais! Viu como lutam? Parece que foram treinadas com espadas e
lanças!
–– O que me intriga é elas
serem lideradas por um humano!
–– Isso é um mistério! De
onde vieram deve ter mais!
–– Com certeza Capitão! Com
certeza! Mas nesse momento vamos focar na missão! É isso que importa agora!
–– Sim senhor. Já estamos
mais perto do que longe!
–– Chegaremos ao reino
Continental ao anoitecer!
–– O senhor pretende falar
sobre isso com o rei Gabriel?
–– Não! Vou insinuar ou
deixar que ele se pronuncie! Mas, primeiro as coisas primeiras. Temos que saber
o paradeiro do rei Saul e da rainha Catarina. Mesmo depois de tantos anos.
–– É isso mesmo!
–– Então, assim que
terminarmos, envie um de nossos homens para conduzir essas famílias ao reino.
Tenho certeza que essa seria a vontade do rei. Ampará-los!
–– Sim senhor, General!
–– Partiremos o mais rápido
possível. Assim que os soldados terminarem de comer!
–– Sim, General!
(...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário