sexta-feira, 13 de março de 2020

A Conquista do Reino 13




–– General o que é aquilo?
–– É um ataque contra uma aldeia de camponeses!
–– Não temos nada a ver com esse ataque! Vamos em frente!
–– Temos tudo a ver contra toda e qualquer injustiça! Vamos defender esse povo humilde! Atacar! – ordena o General.
–– Mas eles podem ser soldados do rei Gabriel!
–– Isso não importa! E não me questione mais!
–– Sim, senhor!
–– É um número pequeno! Talvez trinta ou quarenta soldados! Arqueiros à frente! Avante! Espadas, comigo! Vamos!

O General Osório lidera essa batalha e mostra sua garra e coragem em lutar e defender os camponeses. Os soldados sem bandeiras específicas são alvejados, trespassados por lanças e atingidos por espadas, mas, eles não sangram. E para surpresa do exército do reino de Astride, as criaturas ao serem atingidas, derretem-se como se fossem feitos de lama, areia e pedras.

–– Capturem o líder! – ordena o General.

O exército fecha o cerco, vence a batalha e coloca o líder sob custódia, com uma lâmina na garganta e, antes que o General desmonte para interroga-lo, uma flecha corta o espaço e atinge o peito do refém, tirando-lhe a vida.

–– O que você fez? Matou o homem que poderia nos dar respostas sobre essas criaturas – repreende o General sobre a ação do chefe da aldeia.
–– Ele matou minha filha caçula e feriu meu povo! O que o senhor esperava que eu fizesse?
–– Eu precisava dele com vida. Agora é tarde! De onde eles vieram e porque atacaram vocês?
–– Somos praticamente indefesos! Essa não é a primeira vez que eles atentam contra nossas vidas.
–– Então está na hora de partirem daqui e recomeçar a vida em outro lugar.
–– Não temos para onde ir. Tudo que temos está aqui. Nossos ancestrais foram enterrados nessas terras.
–– Bem, é melhor deixar esse sentimento de lado se quiserem escapar com vida. Eles voltarão em maior número. O que eles querem?
–– Querem sobre tudo, que desistamos da nossa fé e adore um deus maligno que eles cultuam!
–– Que deus é esse?
–– Ainda não sabemos ao certo!
–– E em que ou quem vocês acreditam?
–– Acreditamos em nosso Senhor Jesus Cristo!
–– Então, sejam bem vindos ao reino de Astride. O rei Manoel acolhe a todos que acreditam em Deus!
–– E o que devemos fazer?
–– Sigam para o reino de Astride. Quando eu voltar, falarei com o rei e ele com certeza, doará terras para o cultivo e construção de uma nova aldeia.
–– Então, como prova da minha gratidão alimentarei seus homens com porcos e cabritos. Isso também aliviará a nossa carga nessa partida!
–– Ficaremos gratos por isso senhor...
–– Malaquias! Meu nome é Malaquias!
–– Muito bem! Soldados! Descansar! Fiquem alerta. E ajudem a assar a carne! – diz o General, ordenando seus homens - partiremos assim que terminarmos.
–– General, enquanto o senhor e os soldados comem, ajudarei a cuidar dos feridos e depois cavarei a cova para enterrar minha filha.
–– Sim! Sim! É claro! Fique à vontade senhor Malaquias. Ah, mandarei um dos meus para falar em meu nome sobre vocês!
–– General! Não sou um homem que sente medo! O senhor sabe disso. Mas por Deus, o que são essas criaturas? – confessa o Capitão.
–– Eu não sei. Temos que descobrir de que inferno elas saíram. Tenho certeza de uma coisa. São destrutíveis!
–– Sim, são! Assim também como são mortais! Viu como lutam? Parece que foram treinadas com espadas e lanças!
–– O que me intriga é elas serem lideradas por um humano!
–– Isso é um mistério! De onde vieram deve ter mais!
–– Com certeza Capitão! Com certeza! Mas nesse momento vamos focar na missão! É isso que importa agora!
–– Sim senhor. Já estamos mais perto do que longe!
–– Chegaremos ao reino Continental ao anoitecer!
–– O senhor pretende falar sobre isso com o rei Gabriel?
–– Não! Vou insinuar ou deixar que ele se pronuncie! Mas, primeiro as coisas primeiras. Temos que saber o paradeiro do rei Saul e da rainha Catarina. Mesmo depois de tantos anos.
–– É isso mesmo!
–– Então, assim que terminarmos, envie um de nossos homens para conduzir essas famílias ao reino. Tenho certeza que essa seria a vontade do rei. Ampará-los!
–– Sim senhor, General!
–– Partiremos o mais rápido possível. Assim que os soldados terminarem de comer!
–– Sim, General!
(...)

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