quarta-feira, 11 de março de 2020

A Conquista do Reino 12



–– Marchem! – ordena o General.
–– Estamos quase sem água. Temos que encher os cantis em algum lugar – o capitão lembra ao General.
–– É. Eu sei. Entre nós e o reino Continental, há um Monastério. Vamos nos apressar e chegaremos lá ao meio dia.
–– Certo! Acelerar a marcha! – ordena em voz alta o capitão.

E como previsto, com sol a pino, ao meio dia, a tropa chega ao Monastério. Os soldados esperam do lado de fora dos portões, enquanto o General Osório e o Capitão desmontam e acenam para entrar.
–– Quem vem lá? – pergunta um guarda.
–– Somos do reino de Astride – enfatiza o General – só queremos um pouco de água para nós e os cavalos.
–– Esperem um instante!

É dada a autorização por Elisabeth, a Madre Superiora, para abrirem os portões.

–– Madre! Estamos com sede! Nossos cavalos também! Pode nos ajudar? – indaga Osório.
–– Sim é claro! Sejam bem vindos!
–– Podemos pagar por um pouco de comida!
–– Vejo que são muitos homens! Nossa comida é racionada! Provavelmente não dê para todos, porém, temos pão e queijo em abundância.
–– É só o que precisamos para chegarmos ao castelo.
–– Então entrem todos. Mandarei fazer as porções de queijo e pães.
–– Ficaremos muito gratos, Madre!

Os oficiais são conduzidos para sentarem-se ao redor de uma grande mesa de madeira, enquanto a Madre ordena às freiras que tragam o alimento e água para encherem os cantis. Outros servos do Monastério atendem aos soldados e dão água do poço aos cavalos.

Quando a Madre Superiora vira as costas e sai do grande alpendre, uma mulher com um capuz aproxima-se do General e fala sussurrando apressadamente com medo de ser pega em flagrante:
–– Socorro! Tire-me daqui. Sou prisioneira! Por favor, me ajude!
–– Quem é você? – indaga o General em voz baixa.
–– Isso não importa nesse momento. Preciso falar com o rei Manoel II. Tenho muito para lhe contar. Por favor, ajudem-me!
–– Capitão leve- a para fora em segurança! E conduza-a ao reino. Leve dez homens com você!
–– Isso desfalca a nossa tropa para chegar ao reino Continental!
–– Faça o que ordeno!
–– Sim, senhor!
–– A Madre superiora não pode nos ver! – diz a mulher encapuzada.
–– Ela não ficará sabendo. Leve-a daqui Capitão!
–– Sim, senhor! Vamos! Venha comigo!

E em meio a tanto movimento com tantos soldados, o Capitão consegue sair do Monastério sem ser percebido pela Madre e seus servos e freiras. Agora eles galopam de volta para o reino de Astride com a mulher.

Não foi uma feição das melhores e tampouco um banquete, mas, aliviou a sede e a fome. Agora eles já podem partir. Há pressa em chegar ao reino Continental.

–– Está tudo bem General? – indaga a Madre Superiora muito prestativa em servir o exército do rei Manoel.
–– Sim! Claro! Estamos muito gratos. Agora temos que ir! Obrigado! – afirma e agradece o General Osório que ao se levantar, coloca sobre a mesa um pequeno saco de moedas de ouro.
–– General, isso não será necessário.
–– Aceite Madre! Faço questão! Servirá para comprar mais trigo, queijo e vinho para outros que precisarem!
–– Está bem! Admiro sua honestidade, apesar de ser um homem de guerra!
–– Nosso trabalho é evitar a guerra e manter a paz! Só entramos em batalhas quando não há outra saída!
–– Entendo! Eu não quis ofender! Às vezes as palavras saem mais rápidas que o pensamento!
–– É claro Madre Elisabeth, muito obrigado por tudo! Temos que ir agora!
–– Vão com Deus! Quando voltarem, se quiserem, passem por aqui.
–– Certamente, Madre! Adeus!
–– Adeus!
(...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário