terça-feira, 10 de março de 2020

A Conquista do Reino 11


O General e Xavier desmontam dos cavalos enquanto um homem pega pelas rédeas dos animais e os leva para outro lugar. Os dois soldados acompanham o chefe.

Leandro, esse é o General Osório, do reino de Astride – apresenta ao irmão, o comandante do pequeno exército.
–– General! – cumprimenta Leandro, que se põe em pé.
–– Estamos em missão de paz! – diz o General.
–– E o que o trás a essas bandas tão distantes de seu reino?
–– Vamos seguir para o reino Continental!
–– E o que é tão importante para conversar ou negociar com esse crápula do rei Gabriel?
–– Por que tu estás tão revoltado, Leandro?
–– Não estou revoltado! Estou é com raiva mesmo!
–– E qual o motivo de tua ira?
–– Nós temos dois mil homens armados até os dentes e mesmo assim, não podemos enfrentar esse miserável!
–– Com todo respeito, posso saber o motivo?
–– General, ele mantém o meu irmão como refém há muitos anos! E cobra um preço alto para libertá-lo! Meu irmão é o nosso líder maior!
–– E como posso ajuda-lo?
–– O senhor tem passe livre para entrar no palácio do rei Gabriel. Nós não! Ele ordena que fiquemos à distância e esse acampamento é o mais perto que podemos nos aproximar, apesar de não estar nas terras dele. Ele tem um dos maiores exércitos do mundo. Dizem até que ele pauta com o diabo.
–– Porque ele mantém seu irmão refém?
–– É uma longa história!
–– Tenho tempo. Resume!
–– Bem, nós lutamos em uma guerra há muitos anos ao lado do rei Saul para defender seu castelo.  Gabriel venceu. Tomou conta de mais da metade do reino e fez refém meu irmão, o rei e a rainha.
–– O rei Saul e a Rainha Catarina estão vivos?
–– Isso nós não sabemos! É um segredo guardado a sete chaves!
–– E como sabem do seu irmão?
–– É que ele manda uma vez ou outra, um mensageiro até onde estamos!
–– E o que ele quer em troca?
–– Ele quer duas mil moedas de ouro. Só temos, juntando tudo, quinhentas e cinquenta. Ou em segundo caso, encontrar o filho do rei e entrega-lo a ele.
–– O que vocês sabem sobre o filho do rei e quantos anos ele tem agora?
–– Não temos descrição física. Sabemos que durante a batalha, um dos fiéis escudeiros que lutava muito bem, o levou com ele.
–– E quantos anos o menino tinha à época?
–– Provavelmente uns dez anos. Hoje deve estar com vinte e poucos anos! Talvez vinte e cinco anos!
–– E o que eu ganho com isso, negociando com vocês?
–– Ah, General! São tempos difíceis! Mas, se conseguires a façanha de libertar meu irmão, ganhará essa tropa como aliados do seu rei!
–– E se seu irmão não concordar?
–– Fora dos muros do reino Continental eu assino com um fio do meu bigode a soltura de meu irmão! Minha palavra é lei aqui fora depois dele.
–– Vamos fazer esse trato. Eu assumo o montante das duas mil moedas para soltá-lo, levarei a parte que tu tens e ganharei o comando e a lealdade da tua tropa.
–– Então, aqui está o dinheiro que temos. Leve-o e assim será!
–– Partiremos agora mesmo. Não tenho mais tempo a perder!
–– Boa sorte General!
–– Não darei garantias. Mas negociarei na medida do possível!

O General e o comandante dos homens acampados apertam as mãos selando um acordo que poderá lhes gerar muitos dividendos mais tarde. O General Osório, na menor das hipóteses, sabe que a melhor decisão é ter aliados para um futuro incerto entre dois reinos. Lanças e espadas para lutarem ao seu lado sempre serão bem vindas.
(...) 

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