sexta-feira, 1 de junho de 2018

O tesouro de Cristina

                                                               Foto web divulgação

Os pais de Cristina eram arqueólogos e se conheceram em um sítio arqueológico, numa dessas pesquisas em busca de relíquias. Encontraram um baú que mais parecia uma tumba e deram um jeito de leva-lo para casa. Algum tempo depois, levaram-no para uma cabana de sua propriedade afastada da cidade.
O destino é cruel em certos casos. O casal morreu em um acidente de carro quando iam voltar para casa e foram sepultados no terreiro da cabana. Provavelmente uma maldição os engoliu. Não tiveram tempo de abrir a grande caixa de madeira envelhecida pelo tempo.
Um ano depois, Cristina manda celebrar uma missa para seus pais e logo após, decide ir até a cabana para acender umas velas em sua intenção. A moça não sabia da existência do baú. Era um segredo absoluto mantido pelos pais, mas, curiosa, ela resolve dar uma olhada em tudo quanto é objeto mantido ali.
No canto empoeirado, coberto com lona e cercado por teias de aranhas, está o enorme baú. Cristina consegue abri-lo, e dentro encontra uma maleta folheada a ouro.
– Meu Deus! É um tesouro! – exclama a moça. E com muito trabalho, usando alicate, martelo e uma pequena alavanca consegue abrir. Para sua surpresa, uma cortina de fumaça esverdeada toma conta do ambiente e logo uma voz rouca sussurra – Venha! Estava esperando por você para me libertar em seu corpo.
Cristina foi sugada para dentro da caixa de ouro, e assim, esperará alguns anos para ser libertada também.
Carlos Holanda

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