Os animais não pensam. Isso é um fato. Mas eles se apegam a nós de tal forma, que chegam a fazer parte da família. E porque não dizer que às vezes até nos entendem. Conhecem o nosso tom de voz e sabem por instinto quando estamos tristes, alegres ou com raiva. Compartilham de nossos sentimentos e tem suas várias maneiras de retribuir nossos gestos com eles.
Minha cachorra deu cria pela segunda vez. Foram sete filhotes, entre eles, só um é marronzinho. Da primeira vez, foram oito, todos pretos. Bidu, o pai, é “trabalhador”, não perde tempo..
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O que me deixa triste é a separação da mãe dos filhos. Deve ser doloroso para ela saber que um a um dos filhotes estão “sumindo”. É que a gente vai doando quando já estão com quarenta dias, até acabar.
Temos quatro cachorros adultos em casa.
Eu já havia dado quatro dos sete, mas ontem, a “Charlote” (mãe desses filhotes) estava triste, impaciente; nem quis comer. Buscava encontrar os cachorrinhos nos quatro cantos do quintal e na casinha deles. Ela grunhia, latia baixo, como uma mãe que chora e reclama a ausência dos filhos. E o que mais me comoveu foi aquele olhar dela, como quem diz: - eu sei que foi você... Isso me afetou porque sei que eles não pensam, porém, tenho certeza que existe ali um grande sentimento de perda que jamais será recuperado.
A vontade que temos é de criar todos, mas isso é impossível. A solução é castrar o Bidu.
Carlos Holanda
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