Jean é um homem bem sucedido profissionalmente como advogado. Veste-se bem e tem bom gosto, porém, é solitário. A sorte ainda não lhe sorriu no amor.
Hoje, como de costume em outras noites, Jean vai ao bar, um point de luxo.
–– Garçom, uma cerveja, por favor!
Pouco tempo depois, enquanto degusta a bebida, Jean percebe que uma mulher escultural, loira, de pernas bem torneadas, o observa e até abre um sorriso. Jean, escondido em sua timidez, apenas olha e pede outra cerveja, provavelmente para criar coragem. A mulher, como num passe de mágica, rapidamente posiciona-se ao seu lado.
–– Oi, bonitão!
–– Olá! Tudo bem?
–– Tudo! Quer conversar?
–– Sim! Você aceita uma bebida? Um drink?
–– Não bebo!
–– E o que faz em um bar?
–– Adquiro experiência! Analiso o comportamento humano!
–– Você é psicóloga? Psiquiatra?
–– Um pouco de cada um e algo mais!
–– Como assim, algo mais?
–– É que preciso de um coração para me apaixonar!
–– Quem sabe você tenha encontrado um coração solitário também à procura de outro!
–– Podemos conversar em outro lugar, mais tranquilo, só nós dois?
–– Claro! O que você sugere?
–– Onde você mora?
–– Em um apartamento, aqui perto!
–– Perfeito! Podemos ir para lá?
–– Sim! Claro!
–– Então vamos!
Jean acredita que terá uma noite inesquecível de prazer com aquele monumento feminino. E quem sabe até um caso de amor. Porque não?
No apartamento, Jean faz as honras gentilmente, oferece o que tem de melhor. E se entrega por inteiro aos caprichos e à sedução da bela mulher; mas ela quer apenas seu coração.
Jean e a loira deslumbrante vão para a cama. Ela faz um estriptease e depois, monta-se sobre seu corpo, beija-o e em uma fração de segundos, de dentro da palma da mão surge uma lâmina que corta a carótida do homem. Em seguida, ela corta seu tórax e arranca seu coração.
–– Perfeito! Com esse coração serei a superação da robótica e da Inteligência Artificial.
Carlos Holanda
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