A mulher que há tempos não via sua comadre, veio lhe visitar. Ao chegar, aperta a campainha, mas ninguém atende. A mulher bate na porta insistentemente e, de repente, a cada batida, era correspondida por dentro, como se alguém estivesse batendo também pelo lado de dentro querendo sair, porém, não falava nada.
–– Estranho! Apertei a campainha e ninguém atendeu. Bati na porta e alguém bateu de volta, mas não fala nada e nem abre.
Nesse momento, a vizinha que observava tudo diz:
–– Senhora, não tem ninguém aí não!
–– Como não tem ninguém? A pessoa do lado de dentro também bateu na porta! Deve estar de brincadeira! E eu telefonei para ela agora a pouco dizendo que estava vindo para cá!
–– Senhora, não tem ninguém aí!
–– Como você sabe disso?
–– A mulher que morava aí morreu há uma semana!
–– Cruz credo! Vai agourar o cão. Falei com ela há meia hora pelo telefone!
–– E com quem você pensa que está falando agora?
–– Contigo! Ora mais!
–– Eu sou vizinha dela no cemitério!
Carlos Holanda
Nenhum comentário:
Postar um comentário