Como disse o presidente: “temos pólvora”. Temos
sim. Temos barris de pólvora em cada capital da nação. Estamos sentados bem em
cima. E pelo visto, as fagulhas estão explodindo um atrás do outro; como pavios
de dinamite, uns com estopim maior e outros com estopim menor.
O governo completa mais de 700 dias no poder, comemora
e sem trabalhar, faz campanha visando o pleito de 2022.
Diante de uma pandemia, o ministério da saúde vem a
público em vídeo dizer que a população tem que se precaver, consultar os
médicos nos postos de saúde e tomar o medicamento – cloroquina – para se
prevenir contra a Covid 19 nas festas de final de ano e Réveillon. Não faz menção
ao uso de máscaras e nem ao distanciamento social. A fala por si só já
configura crime, uma vez que não há comprovação científica do medicamento.
O Brasil nesse momento é um grande barril de
pólvora. Haja vista que houve um apagão em um dos menores estados do país e
ainda está sem solução. E o que o governo diz? ‘Que poderá sim, haver mais
apagão em todo país’, quando na verdade poderia instituir o horário de verão
para evitar o caos de energia.
O estopim está aceso e a bandidagem ocupa espaços onde
o sistema não prevalece com a força policial. Basta ver que recentemente foram
realizados dois grandes assaltos a bancos por quadrilhas fortemente armadas com
armas de grosso calibre, capaz de derrubar helicópteros. Um assalto aconteceu
em Criciúma e no dia seguinte em Cametá. Nos dois atos violentos com mais de 20
bandidos, houve tiroteio intenso e foram feitos reféns. Isso é ou não é um
barril de pólvora, que por sinal, motiva outras facções a continuar?
São 700 dias de queimadas sem as devidas
providências. São dias infernais de pandemia com mais de 170 mil mortos e
nenhuma providência, lamentação ou
palavras de conforto às famílias enlutadas.
Barril de pólvora é não fechar as praias e não
proibir aglomerações nas festas de fim de ano para evitar a segunda onda do
vírus. Mas, não culpo só o governo. A culpa de contaminação também é do povo
inconsequente e sem consciência do que está acontecendo no país, seja na área
política, ou de ciência e educação.
E finalmente, estamos sim, sentados em um barril de
pólvora tentando apagar com gasolina o estopim aceso. Mesmo sem querer ser o ‘pai
Diná’, a previsão é de que vai explodir em 2021. Deus queira que eu minta.
Carlos Holanda
Nenhum comentário:
Postar um comentário