domingo, 15 de janeiro de 2017

O Músico

Um menino pobre, sem estudos, de família humilde, decide aventurar-se na cidade grande. Ainda menor, porém, com o consentimento dos pais, viaja em busca de uma vida melhor. Sonha todas as noites com o sucesso e espera encontrar uma chance para mostrar seu talento.

Chegando à metrópole, se instala numa pousada simples, bem próxima ao terminal rodoviário. Passa os dias procurando emprego. Recebe muitos nãos como resposta, mas não desiste. Passa a ser flanelinha, para se sustentar, vigia carros e tira o suficiente para se manter, mesmo assim, ainda passa fome. Não tem regalias e nem lazer. Sempre aos finais de semana, senta numa calçada movimentada, tira sua viola do saco e começa a tocar. Intercala sua arte com realejo. Também brinca com o triângulo.


É então, que lhe ocorre a ideia de colocar o boné no chão com a boca para cima. Os transeuntes se aglomeram ao seu redor para admirar sua arte musical. Até consegue juntar algum dinheiro. Na segunda feira começa novamente a lavar e vigiar carros.

Durante uns dois meses, de segunda a sexta era flanelinha. Sábado e domingo, músico em praça pública. A quantidade de fãs crescia a cada final de semana.

Um senhor de meia idade o observava desde o início e decidiu então, propor-lhe uma parceria, pois tinha uma rede de restaurantes e procurava talentos assim para animar as noitadas. Felipe, o garoto, aceitou fazer um teste. Comprou uma muda de roupas e foi ao encontro do empresário em um dos estabelecimentos. Tocou bonito os três instrumentos: violão, realejo e triângulo. Para surpreender e impressionar ainda mais apresentou sua arte com flauta doce. Foi aplaudido de pé.

O empresário passa a apresentá-lo em outros seis estabelecimentos de sua propriedade e, em cada um Felipe é mais aplaudido. Ambos estão satisfeitos. O garoto passa a ganhar dinheiro, inclusive para enviar à sua família.

Dois anos depois, Felipe é convidado para uma banda renomada com o apoio do seu amigo empresário. E ganham dinheiro juntos.


Sabe, a felicidade às vezes não está onde você esperava que estivesse. Procure-a, e acharás.

Por Carlos Holanda

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