Foto divulgação
Um caboclo do interior, depois de tomar umas e outras e se embriagar em um forró pé-de-serra numa casa de taipa, coberta de palha, ao som de zabumba, triângulo e sanfona, decide ir embora. Já passa da meia noite, a lua de vez em quando se esconde.
Monta seu burro bem arreado e segue. É um longo caminho pela frente na estradinha de chão, de areia solta e poeira. Entra por veredas de mato fechado, onde o escuro é de meter o dedo no olho e nada ver. O animal parece conhecer o caminho de casa, mas, assusta-se com um clarão inesperado de luzes multicoloridas, derrubando seu dono e o abandonando. O animal embrenha-se no mato e some.
João, o caboclo do interior, nunca mais foi visto. Foi abduzido.
Carlos Holanda
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