sexta-feira, 5 de junho de 2020

A Festa


     Numa daquelas festas comemorativas de final de ano, em uma mansão de Teresina, bem agradável. Casa com área de festa bem ampla.

     Fui convidado e sentei-me bem próximo da mesa de uma família animada. Tinha um Senhor que não podia ver o garçom passar que já pegava um copo de whisky. Bebia como quem bebe água. Cerveja e vodka também, misturava tudo. Pensei: isso não vai dar certo. Quando vinha uma bandeja, a gente já olhava pra ele.

     A banda composta por três músicos tocava MPB. Só as selecionadas.

     Umas três horas depois, o cidadão falou com a voz meio enrolada, que ia ao banheiro. “Meninos eu vi!” O homem com certa dificuldade de se por em pé, mas, enfim, conseguiu. Deu um passo à frente, outro para esquerda, deu uma “rezinha” de leve, engatou a primeira e mirou na banda. O banheiro era no sentido inverso. Enroscou o pé no fio do microfone que esse foi ficar longe. O cantor tomou foi um susto. Em seguida, se desequilibrou e abraçou o cara do violão, que foi tentar ajudar e quando o soltou, ele foi de encontro a bateria, derrubando tudo. Um dos filhos correu pra amenizar a situação, mas quando ia, ele já vinha, tropeçou na caixa de som, daquelas triangular, titubeou e engatinhou pra piscina. Não deu outra. Bebeu água. Quase morre afogado.

     Foi aquele alvoroço. A festa parou. Tiraram o homem da piscina, parecia um pinto molhado. A família constrangida foi embora.

     Ficamos lá. Imagina a gozação. Cada um querendo relembrar as cenas...


Carlos Holanda 

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