Por Carlos Holanda
A internet é uma faca de dois gumes. Não existe lugar seguro
e seus dados podem ser vendidos, falsificados, adulterados parcialmente ou por
completo e os invasores podem inclusive lhe chantagear. Não existe o sigilo
absoluto prometido por muitas plataformas.
Milhões de informações são compartilhadas nesta manhã de sol.
A grande rede reflete e replica pensamentos, atos, projetos, mensagens e
notícias através de TVs, sites, organizações governamentais ou não e, nesse
cyber espaço, ninguém está protegido.
Por mais que as grandes corporações e empresas ligadas ao
universo virtual tenham os melhores farewells, não conseguem impedir os hackers
de invadir os mais sofisticados e variados sistemas.
Compra-se de tudo no universo online. De drogas a armas de
grosso calibre e munições. E não são só armas de punho; são bazucas, mísseis,
canhões e tanques de guerra. É a chamada dark web navegada utilizando o Tor
pela conhecida rede onion, o lado negro da internet. É nesse lado obscuro que
os criminosos armazenam dados e links criptografados. Há ainda tutoriais para
navegar anonimamente nesse lugar sem lei e perigoso. Mas há maneira de rastrear
o tráfego até o internauta. Dark web é
completamente diferente de deep web. Imagine um Ice Berg, onde a ponta, ou
seja, mais ou menos 1% é o que realmente
vemos nas buscas do Google, Yahoo, Bing e outros sites de buscas. A parte que
fica submersa na primeira camada é a “deep web”, onde se encontra fóruns de
toda natureza, lojas virtuais com os mais inusitados produtos que nem podem ser vendidos, inclusive contratação de
assassinos de aluguel, venda de órgãos humanos, tráfico de pessoas, pedofilia,
venda de vídeos violentos ou ensinando como matar e torturar alguém, além da
prostituição; e a maior, a gigantesca parte negra que fica nas profundezas
desse oceano é a “dark web” – o lado criminoso da web, infestado de hackers
que, para quem é marinheiro de primeira viagem pode ser acessado e ter todas a
senhas roubadas. Ah, e só para frisar, a moeda utilizada nesse mercado
clandestino e imoral é o Bitcoin que na prática a polícia dificilmente pode
rastrear.
O fato é que existem pessoas com menos conhecimentos, porém,
expertas que, conectadas à rede comum, lesam das mais diferentes formas pessoas
simples e aplicam golpes os mais inusitados possíveis. E enquanto a polícia
investiga e prende os meliantes, outros maquiavelicamente, planejam novas
armadilhas virtuais.
A tecnologia é uma forma de aprimorar conhecimentos e é
também ferramenta de pesquisas, mas, o mal se apodera de tais recursos e
transcende o espaço-tempo.
É humanamente impossível deixar de cair em armadilhas. Agora
imagine futuramente um mundo dominado por Inteligência Artificial com pessoas
registradas por chips de reconhecimento no braço, antebraço ou pela íris.
O que muita gente não sabe é que as informações pessoais
viajam por cabos imperceptíveis quase à velocidade da luz, e nas redes sociais
você pode ser uma presa fácil. Não existem predadores só na natureza. Os piores
são os que vivem conectados nas selvas de pedras com as tecnologias mais
avançadas, sejam elas através de celulares top de linha, tabletes ou
computadores.
Seus
dados são a sua identidade. Por isso, não navegue por mares desconhecidos.
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