segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Fake news - uma história de amor


Por Carlos Holanda


A internet é uma faca de dois gumes. Não existe lugar seguro e seus dados podem ser vendidos, falsificados, adulterados parcialmente ou por completo e os invasores podem inclusive lhe chantagear. Não existe o sigilo absoluto prometido por muitas plataformas.

Milhões de informações são compartilhadas nesta manhã de sol. A grande rede reflete e replica pensamentos, atos, projetos, mensagens e notícias através de TVs, sites, organizações governamentais ou não e, nesse cyber espaço, ninguém está protegido.

Por mais que as grandes corporações e empresas ligadas ao universo virtual tenham os melhores farewells, não conseguem impedir os hackers de invadir os mais sofisticados e variados sistemas.

Compra-se de tudo no universo online. De drogas a armas de grosso calibre e munições. E não são só armas de punho; são bazucas, mísseis, canhões e tanques de guerra. É a chamada dark web navegada utilizando o Tor pela conhecida rede onion, o lado negro da internet. É nesse lado obscuro que os criminosos armazenam dados e links criptografados. Há ainda tutoriais para navegar anonimamente nesse lugar sem lei e perigoso. Mas há maneira de rastrear o tráfego até o internauta.  Dark web é completamente diferente de deep web. Imagine um Ice Berg, onde a ponta, ou seja, mais ou menos 1% é o que  realmente vemos nas buscas do Google, Yahoo, Bing e outros sites de buscas. A parte que fica submersa na primeira camada é a “deep web”, onde se encontra fóruns de toda natureza, lojas virtuais com os mais inusitados produtos que nem  podem ser vendidos, inclusive contratação de assassinos de aluguel, venda de órgãos humanos, tráfico de pessoas, pedofilia, venda de vídeos violentos ou ensinando como matar e torturar alguém, além da prostituição; e a maior, a gigantesca parte negra que fica nas profundezas desse oceano é a “dark web” – o lado criminoso da web, infestado de hackers que, para quem é marinheiro de primeira viagem pode ser acessado e ter todas a senhas roubadas. Ah, e só para frisar, a moeda utilizada nesse mercado clandestino e imoral é o Bitcoin que na prática a polícia dificilmente pode rastrear.

O fato é que existem pessoas com menos conhecimentos, porém, expertas que, conectadas à rede comum, lesam das mais diferentes formas pessoas simples e aplicam golpes os mais inusitados possíveis. E enquanto a polícia investiga e prende os meliantes, outros maquiavelicamente, planejam novas armadilhas virtuais.

A tecnologia é uma forma de aprimorar conhecimentos e é também ferramenta de pesquisas, mas, o mal se apodera de tais recursos e transcende o espaço-tempo.

É humanamente impossível deixar de cair em armadilhas. Agora imagine futuramente um mundo dominado por Inteligência Artificial com pessoas registradas por chips de reconhecimento no braço, antebraço ou pela íris.

O que muita gente não sabe é que as informações pessoais viajam por cabos imperceptíveis quase à velocidade da luz, e nas redes sociais você pode ser uma presa fácil. Não existem predadores só na natureza. Os piores são os que vivem conectados nas selvas de pedras com as tecnologias mais avançadas, sejam elas através de celulares top de linha, tabletes ou computadores.

            Seus dados são a sua identidade. Por isso, não navegue por mares desconhecidos.

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