quinta-feira, 24 de maio de 2018

Assessor X Aspone



Há alguns anos, quando não existia curso de jornalismo no Piauí, já havia dois tipos de assessores: o de imprensa e o parlamentar. O primeiro preparava releases para os jornais impresso, rádio e TV; o segundo cuidava de assuntos políticos, da imagem do eleito e muitas vezes assumia a chefia de gabinete para resolver problemas outros ou criar uma barreira entre o povo e o chefe.

Sem querer entrar no mérito da questão, mesmo sem haver o curso à época, muitos sindicalizaram-se sem diploma – alguns com certificado do curso de letras e/ou advocacia.

O que não entendo é como um parlamentar na Câmara Municipal, num gabinete apertado com quatro salas pode ter até 20 assessores; e ainda assim, receber o povona Assembleia Legislativa cada deputado pode ter cinquenta ou mais e no governo do estado até – pasmem – trezentos e quarenta para o líder maior.

Não há como acomodar tanta gente em tão pouco espaço nas três esferas, ou pode desde que trabalhem em casa usando a internet e ganhando acima do piso salarial oficial jornalístico.

Pode se dizer que tem cabide para todo lado e aspone também.

Carlos Holanda

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